O
governo federal vai manter os recursos previstos para programas
voltados para a educação básica. Em audiência pública na Comissão de
Educação da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (10), o ministro da
Educação, Renato Janine Ribeiro, assegurou que estes investimentos são
“impossíveis de serem cortados”.
Segundo o ministro, os recursos da educação básica repassados para as redes de ensino municipais e estaduais, como os do programa Dinheiro Direto na Escola e da merenda e transporte escolar, serão mantidos.
Além disso, Renato Janine
assegurou que estão garantidas as verbas de custeio das universidades e
institutos federais públicos, destinadas à aquisição de bens e materiais de consumo e à contratação de serviços de manutenção.

O FNDE é parceiro dos
26 estados, 5.565 municípios e do Distrito Federal, na promoção da
educação de qualidade a todos os brasileiros, em especial a educação
básica da rede pública. Os recursos são liberados durante o ano em dez parcelas, de forma a cobrir os 200 dias do ano letivo da educação básica.
Na última quarta (10), o FNDE transferiu R$ 402 milhões para apoio a alimentação e o transporte escolar em municípios e estados de todo o País. Foram
R$ 351,5 milhões para a alimentação escolar e R$ 50,8 para ajudar no
transporte de alunos residentes em áreas rurais. O montante transferido
para cada ente da federação pode ser conferido no portal www.fnde.gov.br, em Liberação de recursos.
Ainda na audiência pública, o ministro da Educação afirmou que programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies)
e o Ciência sem Fronteiras (CsF) devem seguir, mas com reformulações.
“Temos limites no orçamento, não podemos propor ou prometer o que não é
viável agora."
Na segunda edição de 2015 do Fies - já
confirmada -, serão priorizados os cursos de maior qualidade de acordo
com a avaliação do Ministério da Educação, bem como cursos nas áreas de
ciências da saúde, engenharia e formação de professores; além dos
financiamentos para as regiões Norte e Nordeste.
“Na primeira edição de 2015, cerca de 55% dos financiamentos foram
para cursos de formação de professores, saúde e engenharia. Já os cursos
com conceito 5 passaram de oito para 20% dos financiamentos, isso são
mais de 30 mil vagas”, apontou Renato Janine.
O Programa Dinheiro Direto na Escola
(PDDE) presta assistência financeira suplementar às escolas públicas da
educação básica das redes estaduais e municipais e auxilia escolas
privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos
ou similares de atendimento gratuito ao público.
Em 2012, o Ministério da Educação
repassou R$ 2 bilhões para mais de 134 mil escolas públicas e privadas
de educação especial, em benefício de 43 milhões de alunos. Em 2014, o
orçamento previsto do PDDE foi de R$ 2,38 bilhões; o de 2014 foi de R$
2,5 bilhões e o orçamento previsto para 2015 é de R$ 2,9 bilhões.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) atende
alunos de toda a educação básica - educação infantil, ensino
fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos - matriculados
em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias
conveniadas.
As secretarias da educação, que são responsáveis pelas redes de ensino, recebem os recursos e operam a alimentação escolar. No mínimo, 30% da verba repassada deve ser utilizada na compra de produtos da agricultura familiar.
Já o Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) garante
o acesso e a permanência nos estabelecimentos escolares dos alunos do
ensino fundamental público residentes em área rural que utilizem
transporte escolar. A transferência de dez parcelas é automática,
sem necessidade de convênio, e os recursos devem ser utilizados no
custeio de despesas diversas, como consertos mecânicos, compra de
combustível ou terceirização do serviço de transporte escolar.
Ministério da Educação e FNDE
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